10 de Maio de 2024

Microfone Aberto: Os malefícios da má alimentação infantil e as suas consequências

Na manhã desta quinta-feira (2), no programa Microfone Aberto da rádio Massa FM, com transmissão para mais de 100 municípios baianos, o apresentado André Spínola conversou com o médico gastropediatra Hugo Ribeiro Junior sobre os malefícios da má alimentação infantil e as consequências.

Segundo o especialista, o aspecto nutricional nos dois primeiros anos de vida tem uma repercussão muito importante no crescimento e desenvolvimento intelectual da criança e, inclusive, na fase de gestação a mãe já precisa a iniciar com os cuidados alimentares.  

“Na verdade começa incluindo nas preferências alimentares que é algo que também repercute de maneira negativa, desde a vida intrauterina, pois a criança passa a ter o contato, no caso, o feto, com os sabores e os diferentes aspectos alimentares já dentro do útero. Ele deglute o liquido amniótico. Então a mãe que tem uma dieta diversificada e não uma dieta monotoma, tem maiores chances de ter uma criança que seja mais aventureira e mais capaz de aceitar alimentos mais diversos”, explica o médico.

Dr. Hugo avalia que uma criança que não teve uma boa alimentação fica suscetível a diversas complicações em termos de saúde tanto na infância quanto na fase adulta. “A mais importância é obesidade. Uma nutrição inadequada na primeira infância aumentam as chances de você desenvolver obesidade, hipertensão e as doenças crônicas de forma geral ou até ter baixa estatura. A criança tem déficit de aprendizado, a criança que tem anemia prolongada, ela tem déficit cognitivo e ela também tem dificuldade maior de aprender em relação às crianças que recebem ferro dentro de um aporte normal”, disse.

Questionado por André Spínola sobre os o tempo adequado para continuar ou parar com a amamentação o gastropediatra explica que do ponto de vista nutricional, o prazo mínimo para uma amamentação saudável é até após o segundo ano de vida. “O alimento da forma liquida, no caso o leite, ele não consegue, quando a criança vai crescendo, ofertar [todos os nutrientes necessários]. Por isso a gente muda para pastoso, para quase sólido, para ele ter uma densidade nutricional maior”, afirma o médico, completando que não caberia em um adulto, por exemplo, se alimentar de forma adequada somente na forma liquida. “Muito difícil de conseguir uma alimentação adequada, você teria que ter alimentos altamente densos, como esses alimentos nos potinhos que a gente usa quando fazemos suplemento alimentar, eles têm uma densidade energética do dobro, às vezes, que o leite, por exemplo. Mas aí a gente tem um problema que quando se aumenta muito a concentração ele fica laxante. Então no ponto de vista nutricional não é adequado. Aí tem que ver outras coisas que estão envolvidas e não é só o aspecto nutricional”.

Como dica alimentar nessa fase inicial, Dr. Hugo explicou que os nutrientes normalmente mais importantes são os macronutrientes. A proteína, em quantidade adequada, a gordura e o carboidrato. Os amidos, arroz, macarrão, essas são as grandes categorias dos carboidratos que é a base da nossa alimentação. “A maioria da nossa alimentação é concebida por alimentos de alta energia e depois as proteínas e por último a gordura. Se a gente for hierarquizar obviamente o ferro é fundamental e as grandes vitaminas”.

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