O Dr. Renato Carneiro, advogado criminalista, conversou com o programa Microfone Aberto, da Rádio Massa FM, sobre os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e outras regiões do Brasil. A operação "sequaz", da Polícia Federal desvendou um suposto plano para sequestrar o senador e libertar chefes da facção criminosa.

“É algo muito grave que está em apuração, uma operação que visava, supostamente, atacar autoridades, colocar fogo no Brasil e isso tem tido consequências graves e pode ter consequências ainda mais graves. É importante nós esclarecermos que apesar de não ter sido concretizado o ataque, ou seja, existiam atos preparatórios e se investiga a organização criminosa. As pessoas investigadas não serão e, pela lei, é justo que não sejam denunciadas por tentativa de homicídio ou algo do tipo, mas sim pela organização criminosa, tendo em vista que supostamente estavam planejando um crime de extrema gravidade”, explicou o advogado.

Segundo Dr. Renato todo processo ainda segue uma fase de investigação e ainda não existe nada que possa esclarecer qualquer possível desenrolar dos fatos abordados. “Ainda há uma fase investigatória e pelo que me parece não há uma ação penal, não há uma denúncia ainda por parte do Ministério Público (MP), que é uma investigação de polícia no qual foi deflagradas buscas e apreensões, prisões preventivas”, disse o advogado lembrando que “ainda está em fase investigativa e o próximo passo é o Ministério Público entender se existem provas de materialidade, denunciar essas pessoas por organização criminosa e pelos outros delitos que entender serem cabíveis para que essas pessoas respondam por uma ação penal”.

Já com relação partidária, se tem mais pessoas envolvidas, se tem agente político ou não, essas informações só serão esclarecidas após as investigações. “Tudo isso deve ser apurada essa possível ligação ou não, até mesmo para esclarecer se existe um conluio entre partidos político e organizações criminosas porque é uma denúncia muito grave”, afirmou o jurista.

“Ainda estamos em uma fase investigativa, pode ser que depois venham e possivelmente vão enfrentar uma ação penal, um processo criminal, o delito me parece que é de organização criminosa, mas podem aparecer outros crimes. Respondendo a esta ação, havendo trânsito em julgado se respondendo em liberdade uma pena maior de oito anos essas pessoas podem ser presas para cumprir pena em regime fechado”, concluiu.