29 de Abril de 2024

Sem acordo, rodoviários anunciam greve para quinta-feira (25)

O impasse entre rodoviários e representantes das empresas de ônibus sobre as reivindicações da categoria continuou após reunião nesta sexta-feira (19). Com isso, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que vai entrar em greve a partir da quinta-feira da semana que vem - a categoria já estava em estado de greve e deve publicar o edital anunciando a parada pelo menos 72 horas antes.

Durante reunião na sede da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE), os trabalhadores apresentaram uma nova proposta e reduziram de 29 para 15 as demandas para os empresários, mas mesmo assim não houve um consenso. Esta foi o segundo encontro que teve a mediação da Justiça do Trabalho.

“Sábado, domingo, segunda, terça, quarta. Na quinta-feira, infelizmente, não vai ter mais. A gente reduziu nossa pauta em 50%, os empresários não trouxeram nenhuma proposta. Infelizmente, os rodoviários vão para greve. Mas temos até quarta em busca de uma proposta, caso isso aconteça iremos levar para os trabalhadores em uma assembleia que deve acontecer na quarta. Saímos daqui tristes, seguimos com vontade de negociar e evitar uma greve, reduzimos pela metade a pauta, mas os empresários empurram os trabalhadores para a greve", disse Fábio Primo, presidente do sindicato.

O representante da Integra, Jorge Castro, disse que falar na redução para 15 itens é uma maneira muito simples de olhar para a negociação, porque o que ficou na pauta iria quase dobrar o valor do salário pago aos rodoviários. "Estamos com dificuldade econômica e financeira. O sindicato apresenta reajusta salarial, que não tem que ter fim da compensação, que tem que fornecer cesta básica... 15 itens absolutamente improváveis, impossíveis, de serem concedidos pela empresa. Como você recebe uma proposta que quase dobra o salário?", disse. "Reduzir a 15 itens é muita simplicidade, mas os valores são muito altos".

Ele disse que levaria a proposta aos empresários do setor e que a partir da segunda deve haver novidades, com uma possível contraproposta. "O impasse na realidade são 15 itens. Já que ele tem todos esses itens, só obrigado a levar para os meus patrões para eles avaliarem e ver o que decide. A concessão dos itens é impossível", disse ele.

Inicialmente, os rodoviários pediam um aumento de 10% no salário e no ticket de alimentação e o fim da compensação de horas. Hoje, quando um rodoviário faz hora extra, os empresários têm seis meses para pagar ou compensar com folga. O sindicato queria que as horas sejam pagas na folha do mês seguinte.

 

Informações do Correio / Foto: Bruno Concha/Secom PMS

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