29 de Abril de 2024

Cabide de empregos para derrotados

Até o fim do ano passado, a estrutura do governo federal estava organizada em 23 ministérios. Com o fim da gestão Bolsonaro e a volta de Luiz Inácio Lula da Silva, o número de pastas saltou para 37, o que abriu espaço no primeiro escalão para um número maior de aliados do petista. Mas as nomeações não ficaram restritas à linha de frente da Esplanada. Dezenas de “companheiros” foram agraciados com cargos em secretarias, autarquias e empresas públicas. As indicações passam, inclusive, por quem não conseguiu se eleger nas eleições de 2022 — transformando o segundo e o terceiro escalões da administração lulista em cabide de empregos para derrotados.

Deputado federal por dois mandatos pelo PT do Rio de Janeiro e ex-presidente da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil, Wadih Damous não entrou para a lista de desempregados do país graças ao retorno de Lula ao poder. Apesar de ter sido rejeitado pelos eleitores para seguir na Câmara dos Deputados, ele, que já defendeu publicamente o fechamento do Supremo Tribunal Federal, ganhou de presente o comando da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em quase seis meses à frente da Senacon, Damous já coleciona polêmicas. Multar o Google e notificar o Telegram por causa de comunicados contrários ao Projeto de Lei 2630/2020 foram algumas de suas decisões.

Deputado estadual no Rio Grande do Sul por três mandatos consecutivos, Edegar Pretto foi outro petista derrotado nas urnas a ser salvo do desemprego por Lula. Depois de ficar em terceiro lugar na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul, foi indicado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário para presidir a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A proximidade com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que o apoiou nas eleições estaduais, fez a nomeação ser alvo de críticas no setor produtivo. “Em hipótese alguma podemos concordar com uma organização que fomenta invasão de propriedades, isto é crime definido no Código Penal”, lamentou, em nota divulgada em janeiro, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso.

Até políticos recém-convertidos ao petismo têm vez na máquina pública. Marcelo Freixo foi mais um a ser amparado pelo governo federal depois de não se eleger. Em 2022, foi o candidato do PSB a governador do Rio de Janeiro, sendo derrotado no primeiro turno por Cláudio Castro (PL), que conquistou a reeleição com mais de 58% dos votos válidos. Em 2023, Freixo se filiou ao PT e tornou-se presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), que é vinculada ao Ministério do Turismo. Titular da pasta, Daniela Carneiro, a Daniela do Waguinho, tem ligações com milícias fluminenses, conforme noticiou Oeste em janeiro. O tema milícia, contudo, parecia incomodar Freixo apenas durante o período em que Jair Bolsonaro era presidente da República. Agora, com cargo na Embratur, ele evita falar sobre o tema.

Ex-governadores no segundo escalão

O segundo escalão do governo Lula também dá vez a quem já desempenhou papel no Poder Executivo. Ex-senador e ex-governador do Acre, o petista Jorge Viana tentou, sem sucesso, retomar o protagonismo no governo do Estado em 2022. Com 24,21% dos votos válidos, viu Gladson Cameli, do Progressistas, ser reeleito no primeiro turno. Sem mandato na política acriana, Viana foi agraciado com o cargo de presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Já na função, seguiu os passos do presidente da República e, em vez de ajudar a promover um dos principais setores produtivos do país, teceu críticas ao agronegócio nacional. Durante viagem à China, o novo presidente da ApexBrasil acusou os produtores rurais de serem responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. Além disso, a sua permanência no cargo chegou a ser ameaçada pelo fato de não ter fluência no idioma inglês. Em maio, a primeira instância do Judiciário chegou a anular a nomeação dele. Três dias depois, contudo, foi reconduzido ao cargo graças a um parecer do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Dessa forma, voltou à função que é agraciada com salário mensal de R$ 65 mil.

Prefeito de Belo Horizonte por duas vezes consecutivas, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff à frente da Presidência da República e governador de Minas Gerais de 2015 a 2019, Fernando Pimentel foi outro membro de renome do PT a ser rejeitado pelos eleitores. Com pouco mais de 37 mil votos, ele não conseguiu se eleger deputado federal. Apesar de o povo mineiro mostrar nas urnas que não o queria num cargo público, Lula teve uma ideia diferente. No início de abril, nomeou o aliado para a presidência da Empresa Gestora de Ativos S.A. (Emgea). Vinculada ao Ministério da Fazenda, a Emgea “tem como atividade a gestão de ativos — bens e direitos — provenientes da União e de entidades integrantes da administração pública federal” e está inserida no programa de desestatização do governo federal. À frente da companhia — que por ora segue como estatal — Pimentel conta com salário mensal superior a R$ 42 mil.

Mais derrotados amparados pelo governo

Tendo Minas Gerais como base eleitoral, André Quintão foi outro petista a não ficar desamparado pelo governo Lula depois de perder uma eleição. Deputado estadual em cinco oportunidades, ele foi candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Alexandre Kalil (PSD). A tentativa de trocar o Legislativo pelo Executivo não deu certo, com a coligação sendo derrotada em primeiro turno para Romeu Zema (Novo), que foi reeleito. Quintão, contudo, voltou a ocupar cargo público meses depois de ter sido rejeitado nas urnas. Em janeiro, o ex-parlamentar foi nomeado Secretário Nacional de Assistência Social, dando, assim, expediente no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

O cabide de empregos da máquina pública federal tem espaço até mesmo para aqueles que tiveram vez nas páginas policiais. Prefeito de Paracambi (RJ) por dois mandatos e deputado estadual em quatro oportunidades, chegando a ser o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano ficou apenas na quinta colocação na tentativa de se eleger senador. A derrota e as denúncias por suspeita de envolvimento no esquema conhecido como “rachadinha” não impediram a ida do petista para Brasília. Em fevereiro foi publicada a nomeação dele para o cargo de secretário especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

Pelo menos outros três petistas que não conseguiram se eleger nas eleições de 2022 foram amparados no segundo e no terceiro escalões do governo federal. Foi o caso, por exemplo, do ex-deputado federal e ex-prefeito de Uberlândia (MG) Gilmar Machado. Diante do insucesso de tentar voltar à Câmara dos Deputados, ele foi parar na assessoria especial da Secretaria de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais. Sem se reeleger deputada federal por Mato Grosso, Rosa Neide acabou nomeada diretora-executiva da Conab. No Maranhão, Zé Carlos não conseguiu direito ao terceiro mandato como deputado federal e, com a derrota, foi indicado para a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Estado.

Um cabide de empregos suprapartidário

A presença de derrotados em eleições passadas em estruturas do governo federal não fica restrita a “companheiros” do PT. Membros de outros partidos que apoiaram a candidatura de Lula ou ajudam a sustentar a base aliada no Congresso também recheiam os postos dos chamados cargos de confiança. Nesse sentido, foram atendidos integrantes de legendas como PSB, PDT, Psol, PCdoB, PSD, Rede e Solidariedade. Até políticos de siglas que já foram chamadas de “golpistas” por Lula em razão do impeachment de Dilma Rousseff, como MDB e PSDB, já contam com filiados indicados para alguma função.

Apoiador de Lula desde o primeiro turno da disputa eleitoral, com direito a indicar Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente, o PSB aparece na lista com pelo menos cinco derrotados em 2022. Ex-prefeito de Bauru (SP) e sem se reeleger deputado federal pelo PSB, Rodrigo Agostinho foi parar na presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Ex-senador e ex-governador do Distrito Federal que não conseguiu se eleger deputado, Rodrigo Rollemberg assumiu a Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pasta liderada por Alckmin.

Outro órgão comandado por um integrante do PSB, o Ministério da Justiça e Segurança Pública se transformou em cabide de empregos para socialistas que no ano passado foram rejeitados por eleitores de três Estados. Desde o início da atual gestão, o ministro Flávio Dino nomeou Elias Vaz para a Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Tadeu Alencar para a Secretaria de Segurança Pública e Augusto de Arruda Botelho para a Secretaria Nacional de Justiça. Eles não foram eleitos deputados federais por Goiás, Pernambuco e São Paulo, respectivamente. O caso de Arruda Botelho chama atenção pelo fato de ele sair candidato depois de uma temporada como comentarista da CNN Brasil. Na emissora, durante debate com Caio Coppolla, ele afirmou não ter “qualquer intenção política” e ainda garantiu que o seu oponente sairia candidato, o que não ocorreu.

Wolney Queiroz (PDT-PE), Marivaldo Pereira (Psol-DF), Inácio Arruda (PCdoB-CE), Tereza Nelma (PSD-AL), Expedito Netto (PSD-RO), Bosco Saraiva (Solidariedade-AM) e Joenia Wapichana (Rede-RR) são outros exemplos de políticos que foram mal nas eleições do ano passado, mas que, no fim das contas, acabaram se dando bem graças à volta da esquerda ao poder do país. Respectivamente, foram nomeados secretário-executivo da Previdência Social, secretário de Acesso à Justiça, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, secretária nacional de Aquicultura, secretário nacional de Pesca Industrial, superintendente da Zona Franca de Manaus e presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Ministro dos Esportes no governo Michel Temer, que até hoje é chamado de “golpista” por Lula e outros petistas, Leonardo Picciani conquistou um lugar no segundo escalão depois de não conseguir se eleger deputado federal em 2022 pelo MDB do Rio de Janeiro. Ele foi nomeado para conduzir a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, pasta comandada pelo emedebista Jader Barbalho Filho. Valtenir Pereira (MDB-MT) foi outro a não ter sucesso na candidatura a uma cadeira da Câmara dos Deputados e que acabou empregado na esfera pública, sendo indicado como assessor especial da Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Sem se reeleger deputado estadual no Paraná, Michele Caputo Neto (PSDB) foi nomeado conselheiro da Itaipu Binacional.

Cabide de empregos para derrotados de outras eleições

As nomeações feitas por Lula congregam ainda “companheiros” derrotados em eleições anteriores. Longe das urnas desde 2010, quando perdeu pela segunda vez consecutiva a eleição para governador de São Paulo, o ex-senador e ex-ministro Aloizio Mercadante voltou a ter status de autoridade com a vitória do PT no pleito do ano passado. Em fevereiro, ele assumiu o cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma de suas primeiras decisões à frente do BNDES foi alvo de críticas por parte de representantes do agronegócio, uma vez que houve corte de crédito para o setor. Além disso, a possibilidade de o banco voltar a financiar projetos no exterior movimentou a oposição na Câmara dos Deputados.

Alvo de processo de impeachment em 2016 e derrotada na tentativa de se tornar senadora por Minas Gerais dois anos depois de ser obrigada a deixar o Palácio do Planalto, Dilma Rousseff conquistou o direito de ter um emprego no exterior graças a Lula. Desde março, ela é a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos Brics — em alusão ao bloco econômico composto de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na função, a petista dá expediente em Xangai, maior cidade chinesa. Como executiva da instituição financeira, ela é responsável por administrar 96 projetos espalhados pelo mundo e que somam US$ 32,8 bilhões. Para isso, o salário de Dilma pode chegar a R$ 300 mil — vencimentos cerca de 7,5 vezes maiores do que se estivesse exercendo mandato como senadora da República.

Até petistas menos conhecidos no cenário nacional surgem como beneficiários do cabide de empregos para derrotados que se instalou no governo federal desde o começo do ano. Depois de perder eleições para o Senado (2010) e para a vice-prefeitura de Goiânia (2020), Pedro Wilson nem disputou o pleito do ano passado, mas não acabou esquecido pelos “companheiros” no poder. Dessa forma, ele, que já foi deputado federal e prefeito da capital goiana, assumiu recentemente o cargo de superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Goiás.

Ex-ministros aguardam ‘prêmios de consolação’

A lista de derrotados em eleições com cargo no governo federal pode aumentar. Ex-ministro da Agricultura, Neri Geller é notícia por aparecer rotineiramente como “convidado” da pasta. Em janeiro, ele chegou a ser anunciado pelo ministro Carlos Fávaro como futuro secretário de Política Agrícola. A nomeação, contudo, ainda não foi publicada no Diário Oficial da União, pois ele é considerado um “ficha suja” pela Justiça Eleitoral. No pleito de 2022, Geller teve a candidatura ao Senado pelo PP de Mato Grosso indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder econômico nas eleições de 2018, quando foi eleito deputado federal. Caso o entendimento não mude, ele não poderá ocupar cargo público pelos próximos oito anos.

Senadora que não conseguiu se reeleger para um terceiro mandato em 2022, Kátia Abreu aguarda indicação por parte da equipe de Lula. O nome dela chegou a ser cogitado para assumir a vice-presidência do Banco do Brasil, o que não se confirmou. Agora, a especulação por parte da imprensa é que o presidente da República indique Kátia para o conselho de administração da JBS por meio da cadeira de responsabilidade do BNDES, que tem ações no frigorífico pertencente aos irmãos Joesley e Wesley Batista. Crítica do PT durante os dois primeiros mandatos de Lula, Kátia foi ministra da Agricultura de Dilma e se opôs ao processo de impeachment contra a petista.

Perdedores também no primeiro escalão

Perder eleição acabou sendo um bom negócio até para oito políticos que hoje integram o time de ministros de Lula.

Fernando Haddad (PT)

Hoje ministro da Fazenda, Haddad fez a trinca de derrotas eleitorais. Em 2016, ele não conseguiu se reeleger prefeito da capital paulista. Dois anos depois, com a impugnação da candidatura de Lula, perdeu a disputa contra Jair Bolsonaro pela Presidência da República. Em 2022, foi a vez de ter insucesso na tentativa de se eleger governador de São Paulo.

Luiz Marinho (PT)

Petista que conseguiu se eleger deputado federal no ano passado, Luiz Marinho ganhou o cargo de ministro do Trabalho. Apesar do êxito no pleito de 2022, ele acumulava duas derrotas com o eleitorado. Em 2018, ele foi o representante do PT na disputa pelo governo do Estado de São Paulo e não conseguiu chegar nem ao segundo turno. Em 2020, Marinho tentou voltar à prefeitura de São Bernardo do Campo, cidade do ABC Paulista que é tida como o berço político de Lula e do PT, mas foi derrotado por Orlando Morando (PSDB) no primeiro turno.

Paulo Teixeira (PT)

No voto, Paulo Teixeira não havia tido êxito na tentativa de se reeleger deputado federal por São Paulo. Entretanto, passou a figurar na lista de eleitos depois de o TSE indeferir a candidatura de Pablo Marçal, o que fez o petista seguir com mandato na Câmara dos Deputados. Neste início de governo, Teixeira se afastou do Legislativo para responder como ministro do Desenvolvimento Agrário.

Geraldo Alckmin (PSB)

Eleito vice-presidente da República em 2022 depois de trocar o PSDB pelo PSB, Alckmin foi escalado para ser o titular do MDIC. E assim entrou para a lista de ministros de Lula que acumulam insucessos eleitorais. As derrotas de Alckmin foram para a Presidência da República (2006), quando teve Lula como oponente, para a prefeitura de São Paulo (2008) e outra vez para a Presidência da República (2018), quando contabilizou menos de 5% dos votos válidos.

Márcio França (PSB)

Em 2022, França registrou a sua terceira derrota seguida em disputas eleitorais. Ex-governador de São Paulo, a lista de reveses começou em 2018, quando perdeu a reeleição numa disputa acirrada contra João Doria (PSDB). Tentou em 2020 se tornar prefeito da capital paulista, mas não conseguiu chegar nem ao segundo turno. No ano passado, foi a vez de ser derrotado por Marcos Pontes (PL) na briga pela cadeira disponível para o Senado. Sem mandato, foi nomeado ministro de Portos e Aeroportos.

Simone Tebet (MDB)

De rival a aliada. Assim pode ser definida a relação de Tebet com Lula. Isso porque ela foi candidata a presidente da República em 2022, ficando na terceira colocação, com pouco mais de 4% dos votos válidos. Reconhecida por fazer campanha em prol do petista no decorrer do segundo turno contra Bolsonaro, ela tornou-se ministra do Planejamento e Orçamento.

Alexandre Silveira (PSD)

A tentativa de se reeleger senador por Minas Gerais não deu certo para Silveira. O integrante do PSD, contudo, também seguiu no poder. Ele foi a escolha de Lula para o Ministério de Minas e Energia.

Marina Silva (Rede)

Assim como Tebet, Marina Silva voltou a ser considerada “companheira” dos petistas depois de anos sendo vista como concorrente. Ministra do Meio Ambiente, ela foi eleita deputada federal por São Paulo em 2022 e encerrou o jejum de vitórias eleitorais. Antes, havia perdido a disputa pela Presidência da República em três ocasiões seguidas: 2010, 2014 e 2018. Na última tentativa de se tornar presidente do Brasil, ela recebeu apenas 1% dos votos válidos e ficou atrás de figuras como Henrique Meirelles e Cabo Daciolo.

 

Informações da Revista Oeste / Foto: Arte/Revista Oeste

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