05 de Maio de 2024

Lula renova ataque a Israel e Chama ações na Faixa de Gaza de genocídio’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um evento da Petrobras no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (23), voltou a atacar o governo de Israel, destacando as ações na Faixa de Gaza. O líder petista reiterou seu apoio à causa palestina, defendendo a criação de um Estado palestino livre em harmonia com Israel, enquanto condenava veementemente as ações israelenses, chamando-as de “genocídio”.

“O que o governo de Israel faz com o povo palestino não é guerra, é genocídio. São milhares de crianças mortas, desaparecidas; estão morrendo mulheres. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, declarou Lula durante o evento.

As declarações de Lula ocorrem em meio a uma semana de atrito entre o Brasil e Israel, exacerbado pela fala do ex-presidente em que comparou as ações israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista e a Hitler. Essa declaração levou o governo israelense a declarar Lula como “persona non grata” no país, exigindo uma retratação sobre suas declarações.

O presidente também comentou outras questões internacionais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, reforçando a posição histórica da diplomacia brasileira em ampliar o Conselho de Segurança da ONU para refletir melhor o mundo contemporâneo.

“Nós estamos brigando muito para ter reforma no Conselho de Segurança da ONU, para ele representar o mundo de hoje, não o mundo de 1945”, destacou Lula.

Além disso, Lula recomendou que suas declarações fossem lidas na íntegra, ao invés de serem interpretadas com base nas respostas do primeiro-ministro de Israel. Ele enfatizou a necessidade de reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas, criticando sua eficácia e sua falta de representatividade democrática.

“Da mesma forma que eu disse quando estava preso que eu não aceitaria acordo para sair da cadeia e que eu não trocaria a minha liberdade pela minha dignidade, eu digo: não troco a minha dignidade pela falsidade. Eu sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa esse Estado Palestino viver em harmonia com o Estado de Israel. O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio. Crianças e mulheres estão sendo assassinadas. Não tentem interpretar a entrevista que eu dei. Leiam a entrevista e parem de me julgar a partir da fala do primeiro-ministro de Israel”, escreveu Lula mais tarde em rede social.

Entidades e organizações, incluindo a Confederação Israelita do Brasil (Conib), repudiaram as declarações de Lula, classificando-as como uma “distorção perversa da realidade que ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.

 

Informações da Gazeta Brasil / Foto: Ricardo Stuckert / PR

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